Displasia

 

O termo displasia descreve uma doença que se desenvolve em cães jovens de muitas raças diferentes. É um problema comum nas raças maiores e o desencadeamento da displasia pode ser um problema sério.
Os seguintes fatores são relacionados ao desenvolvimento da doença:
• Genético: A displasia possui herança poligênica quantitativa (aproximadamente 18 genes) de herdabilidade média a alta, ou seja quanto maior o grau de parentesco com animais displásicos maior é a probabilidade da prole ser displásica;
• Nutricional: Dietas com altos índices de energia, proteína e cálcio proporcionam um rápido crescimento e um ganho de peso excessivo (aumenta o peso sobre a articulação) induzindo ao aparecimento da displasia;
• Massa Muscular Pélvica: Animais com menores proporções de massa muscular pélvica possuem maiores chances de desenvolverem a displasia. Segundo Riser e Shirer os animais que apresentarem índice de massa muscular pélvica [(peso da musculatura pélvica/peso corporal) x 100] menor que 9 irão desenvolver displasia;
• Alterações Biomecânicas: Forças musculares que atuam na articulação coxofemoral ajudam a manter a cabeça do fêmur encaixada com o acetábulo. Redução, eliminação , ou exaustão das forças musculares levam a uma instabilidade na articulação e subluxação. O rápido crescimento do esqueleto em disparidade com o crescimento muscular também induz o aparecimento da displasia;
Como qualquer característica quantitativa, a conformação pode variar de boas para ruins com todos graus no meio.

Os sinais de desencadeamento da displasia não podem ser detectados em um filhote recém nascido, mas podem aparecer normalmente no período de crescimento, entre os quatro e nove meses de idade. Os sintomas podem apresentar-se como desconforto e dificuldade para levantar-se, membros traseiros rígidos - “mancar” e ao andar pode-se observar um movimento oscilatório lateral na parte traseira. A melhoria ou desaparecimento dessa patologia pode acontecer quando o cachorro amadurece, como resultado da articulação que se estabiliza, uma baixa da inflamação e um esforço regenerativo do sistema muscular.Contudo, o cachorro displásico vai normalmente desenvolver algum grau de artrite durante sua vida. Através de raios- X pode-se obter uma avaliação e diagnóstico.
Os procedimentos de avaliação diferem um pouco, a GRCA reconhece a validade de ambos os adotados e encoraja todos criadores de Goldens Retrievers a determinarem a saúde de conformação dos quadris para qualquer animal potencialmente procriador.Classificação das articulações coxofemorais:
A HD - sem sinais de displasia coxofemoral
B HD +/- articulações coxofemorais próximas do normal
C HD + displasia coxofemoral leve. Discreta subluxação.
D HD + + displasia coxofemoral moderada.
Evidente subluxação, acompanhada de osteoartrose
E HD + + + displasia coxofemoral severa. Subluxação ainda mais evidente, acompanhada de osteoartrose
Cães displásicos D e E não devem ser usados para procriação, mas podem ter uma vida útil, longa e feliz. Muitos Goldens com displasia não mostraram sinais externos, até atingirem entre 7 ou 8 anos de idade quando a tonificação muscular diminui e o uso da articulação se torna mais notável.
Alguns procedimentos médicos e cirúrgicos são utilizados para aliviar a dor da displasia, permitindo uma vida saudável ao cão.

 

Fique Atento: Alguns criadores oferecem "Garantias de Displasia". Isto não significa que o cão não desenvolverá a doença. Mesmo cães isentos (chapa A) podem gerar filhotes displásicos. Garantir o contrário é no mínimo irresponsável.

A displasia pode ser genética ou adquirida. Manejo inadequado de filhotes em crescimento, pode trazer problemas articulares.

A chapa oficial de displasia, só é feita a partir dos 2 anos de idade. Antes disto, somente chapas prévias.